segunda-feira, 18 de abril de 2011

Febre em andamento

                                              Encontro com Luce Pereira (Ao centro)


                                                     Nínive Caldas (À esquerda)

Desde a última postagem, muitos processos aconteceram, e hoje a febre é incontrolável... Neste mergulho pelo universo feminino, tão complexo e mágico, prendemos o fôlego e tentamos ir cada vez mais fundo. Nas alegrias, dores, amores, desejos... Difícil abranger este universo, infinito em suas possibilidades e encantos... 


Ensaios e mais ensaios, a pressão natural da proximidade de uma estréia, instigando a todos a tentar dar cada vez mais o melhor de si. Neste processo, tivemos a visita da autora, a querida Luce Pereira, como sua imensa sensibilidade pôde conceber um livro tão rico, no qual trabalhamos com tanto afinco, tentando retratar da melhor forma o mundo e os sentimentos daquelas personagens tão ricas, e tão próximas de nós, homens e mulheres.


Tivemos que perder um pedacinho, com a saída de Maeve Jinkings... E ganhar um outro, com a entrada da Nínive Caldas, que desde o mês passado integra o elenco. A estréia, já bem próxima, será em 07 de maio próximo, às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Acima, algumas fotos de momentos e processos do período.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Uma noite que não tem fim




                                            
Hermila Guedes (Dora Descompassada)



                                               Hilda Torrres (Esssa febre que não passa)




                                                      Maeve Jinkings (O amor distante)




                                                        Mayra Waquim (Nomes)




                                                     Márcia Cruz (Talvez já fosse tarde)




                                              Ceronha Pontes (Um tango com Frida Khalo)


Uma noite que não tem fim
(Por Ceronha Pontes)


Aquela noite já foi ontem e, no entanto, continua. Certeza de que nos aproxima. Não essa proximidade "civilizada" que mantém o ambiente de trabalho falsamente harmonizado pra melhor levar nas coxas o fardo de parir, em conjunto, uma obra. Nos aproxima o quanto nos compromete. E compromisso, aqui, demanda enfrentar feiúras, pavores, inseguranças, asperezas, desordens, escuros, funduras, nevoeiros...
Não que a superfície não tenha lá os seus encantos, posto que até o Poetinha* compôs para As Mulheres Ocas, mas, neste momento, nosso apetite pede vísceras. 
Conduzidas por Amanda Lyra (através do método View points), vamos invadindo a nós mesmas por caminhos apertados, íngremes e cheios de curvas, seguindo pistas dessas mulheres escritas por Luce Pereira, e que são valentes posseiras de recantos que pouco conhecemos ou assumimos de nós mesmas. 
E por falar em view points, não creiam mesmo que temos tratado "a coisa" como a descoberta da pólvora, e nem Amanda se apresenta como quem detém informação salvadora. O que nos mobiliza e preenche nesta experiência, conferindo qualidade ao encontro, é nossa total falta de julgamento e censura para com o simples. É a capacidade de enxergar e não resistir ao sutil. 
Na noite que não tem fim, pois é certo que nos reportaremos a ela em muitos momentos do resto de nossa vidas, mulheres outras de nós mesmas saltaram de nossos corpos como quem ganha vida própria. Seis...entas vidas intensas, condensadas nos poucos metros quadrados do Teatro Hemilo Borba Filho, aquele nosso mundo inteiro.
Também não creiam que este percurso prevê a confusão doentia de papéis, pois não há entre nós quem pretenda abandonar o teatro, oh!, muito longe disso. E justamente por ser teatro, exige especial atenção, consciência e observação clara do processo. Mas, é que assim, sem resistências, sem nos boicotarmos, temos nos colocado diante do que brota/transborda de um lugar inconsciente (usando irresponsavelmente, talvez, os termos da psicologia), da ampliação e enriquecimento de nosso repertório, sem nos privarmos da emoção para com aquilo que se revela. Feito mãe, vendo a cria ganhar o mundo, cheia de graça. É claro que esta emoção nasce de um tanto de vaidade mas, nasce principalmente de uma certa resignação. Há uma alegria sem preço em constatar e aceitar mais uma vez nosso lugar e sina. O teatro como canal de expressão das coisas para as quais se aplica Essa febre que não passa. Coisas que vão se derramando aqui, pouco a pouco, a cada visita de vocês. Fiquem à vontade. Só não vale reclamar dos sintomas, caso se contaminem.
Um beijo enorme de todos que fazemos o Coletivo Angu de Teatro, e de nossas convidadas pra lá de especiais que toparam arder em febre.


Créditos e extras:
Poetinha- como era carinhosamente tratado o poeta Vinícius de Moraes
As Mulheres Ocas- belíssimo poema de Vinícius
Um link pra você curtir com a gente http://www.youtube.com/watcFcX19Gw&feature=BF&list=PL8197C5380CB17F26&index=1h?v=n79L

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

-Sinal de alerta
Coletivo Angu de Teatro sofre de febre aguda e insistente. As causas vêm sendo investigadas com muito rigor e, apesar de improvável cura, já se comemora a descoberta de meios que fazem suportar o sintoma com imensa alegria.
Inauguramos este espaço para que possamos manter nosso público informado do avançar de nossas experiências. 
Contamos com seis voluntárias portadoras do "bem" em questão, dispostas a  se doarem inteiramente às pesquisas. São elas: Ceronha Pontes, Hermila Guedes, Hilda Torres, Mayra Waquim, Márcia Cruz e Nínive Caldas.

-Outros contaminados
André Brasileiro (cuidadosamente assistido por Marcondes Lima), é quem dirige o laboratório. Os estudos (só possíveis graças à produção de Tadeu Gondim) seguem a imprescindível orientação da escritora Luce Pereira.

- Reclame ardente 
Em breve, num teatro perto de você: 
ESSA FEBRE QUE NÃO PASSA


Postado por Ceronha Pontes
Recife-Pe, 24 de janeiro de 2011